Categoria: Artigos
Data: 23/11/2025

Quem não gerencia bem suas expectativas costuma ser bem infeliz.

Há uma forte pressão social por conquistas. Vivemos em um mundo que insiste que o valor de alguém depende apenas do sucesso que alcança — e, às vezes, para nosso dissabor, acabamos pensando do mesmo jeito.

E a arrogância de viver assim — tentando suprimir a verdade (Rm 1.18) ao acreditar que tudo o que tocamos tem o dever de virar ouro — tem grande potencial de virar frustração. MAS pode ser que não!

Alguns levam o fracasso, seja pela falta de aprovação ou por não alcançar o resultado desejado, para o lado pessoal e culpam todos ao redor, menos a si mesmos.

Outros, porém, encontram glória até no choro da derrota. São aqueles que entendem que ninguém é obrigado a aprovar, consumir ou gostar do que fazemos. Nem sempre seremos bons o suficiente para o primeiro lugar — e tudo bem. Nesse processo, percebem que Deus usa derrotas para nos amadurecer, dando-nos tempo de tentar novamente e alcançar excelência. Não uma excelência vaidosa, mas aquela que nasce de um coração moldado por Ele, capaz de dominar as próprias emoções e de encontrar contentamento nEle seja para este tempo e para o porvir.

Lembre-se disso: sua frustração não é o fim, mas um professor difícil e necessário, pois expõe nossa limitação e nos lembra que não temos controle absoluto. E é justamente aí que a graça de Deus se manifesta com maior clareza: não nos prometendo que nunca perderemos, mas assegurando que nunca perderemos sozinhos.

A verdade é que todos nós somos, em algum sentido, perdedores. Perdemos oportunidades, relacionamentos, tempo, vigor e até batalhas internas. Mas Cristo não nos chama a negar isso — ele nos chama a olhar além disso. Jesus não é dos autossuficientes, mas dos quebrantados; não é dos imbatíveis, mas dos dependentes.

Em Cristo, aquilo que o mundo chama de perda, Deus transforma em redenção. Quando reconhecemos nossa fraqueza, encontramos Aquele cuja força se aperfeiçoa nela. Quando admitimos nossa incapacidade, encontramos Aquele que opera em nós pelo Seu poder. Quando confessamos que somos pó, encontramos Aquele que nos levanta do pó.

Por isso, ainda que o mundo nos rotule como fracassados, ainda que expectativas não se cumpram e circunstâncias pareçam contrárias, há uma verdade que governa nossa vida:

Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Rm 8.37

Não porque sempre triunfamos, mas porque Ele triunfou por nós.
Não porque somos fortes, mas porque Ele é a nossa força.
Não porque evitamos derrotas, mas porque nenhuma delas pode nos separar do amor de Cristo.

Somos, sim, perdedores — aos olhos do mundo.
Mas em Jesus, somos mais que vencedores.
E essa é a única vitória que jamais poderá nos ser tirada. A única que realmente importa.

Em Cristo,

Rev. André Dantas



Autor: Rev. André Dantas da Silva   |   Visualizações: 15 pessoas
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